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O Blog do Estúdio 2017 | |
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Pegue a lista de notícias de novas obras e negócios super! | ||
Dezembro | ||
Andrew
Michael Stephenson (1946-) nasceu na Venezuela mas é filho de pais
britânicos. É engenheiro de design eletrônico e ilustrador de revistas
e livros (sob o pseudônimo “Ames”). Publicou seus primeiros trabalhos
para a Analog em novembro de 1971, lançando apenas mais uma história antes de seu primeiro romance. |
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Narrado
em 1ª pessoa, Nightwatch (1977) narra um contato primário de
alienígenas parece amistoso, mas na verdade se trata de uma invasão.
Dan Frome é um engenheiro britânico enviado à base Dvornik Moon em 2006
para supervisionar a instalação em sondas de Júpiter das inteligências
artificiais que ele inventou - os Golems – os quais possuem falhas e
necessitam dele para sua eficácia. Uma nave alienígena foi detectada no
caminho da Terra e tentam a falsa simpatia, os Golems de Frome tentam
interceptar o ofício alienígena. Todos na Lua ficam presos por toda a
duração, obviamente descontentes com esse exílio involuntário, enquanto
a própria Terra está à beira de uma guerra. Um bom livro, mas ainda
muito semelhante ao que era produzido em seu próprio tempo, com traços
de Arthur C. Clarke, David Brin, William Barton e Michael Capobianco.
No entanto, possui seus méritos por parecer uma mistura de ficção
científica (pessimista/decadente) com ópera espacial (otimista). |
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Em The Wall of Years (1979) descreve-se a destruição do espaço no século XXI por causa de uma guerra provocada pela descoberta de uma vastidão de Mundos Paralelos pela visão de um viajante do tempo inglês que volta para os tempos saxões. | ||
Mais
recentemente, escreveu o Waterloo Sunset (abril de 2004 e novembro de
2005), novela gráfica que trata de em um pós-desastre resultado de alta
tecnologia. Depois disso, Stephenson optou por não continuar sua
carreira de escritor. Já suas obras frutos de suas ilustrações
apareceram em Galaxy, SF Digest, Vector, Inverted World (1ª edição
norte-americana) de Christopher Priest (1974), entre outras. |
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Nessa
edição, Nightwatch recebeu a arte de capa de Peter Andrew Jones, que
presenteou os leitores e admiradores com naves em combate espacial. A
riqueza dos detalhes da base espacial se impõe sobre as demais sem
tirar o brilho da cena inteira, uma interessante mistura de
contemplação espacial com o fervor da confusa guerra que a obra retrata. Há beleza na guerra? Se acreditas nela, PAJ é o artista certo para retratá-la e imortalizá-la. |
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Novembro | ||
Sua carreira começou no Collinwood
High School sob a tutela de Miss Sylvia Cochrane. Ela era a editora de uma página literária no jornal da escola The Collinwood Spotlight para a qual ela escrevia histórias curtas. Durante esse período, ela escreveu seu primeiro livro, “Ralestone Luck”, que foi publicado como seu segundo romance em 1938. |
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Sua
depressão em 1932 a forçou a abandonar o sonho de ser professora e
começou a trabalhar para o Cleveland Library System, onde ela
permaneceu por 18 anos. Em 1934, ela mudou seu nome para Andre Alice
Norton para aumentar sua comercialização, uma vez que os homens eram o
principal público de livros de fantasia. Seu primeiro livro – “The
Prince Commands” - foi publicado naquele ano. |
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Em
1950 ela se aposentou devido a problemas de saúde, trabalhando para a
Gnome Press, uma pequena editora na cidade de Nova York concentrada em
ficção científica. Ela permaneceu lá até 1958, quando se tornou uma
escritora profissional em tempo integral - com 21 romances publicados,
dentre eles "The People of the Crater", “Huon of the Horn” e “Star
Man's Son”. |
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Ela escreveu mais de uma dúzia de séries de ficção especulativa, mas seu projeto mais longo e ambicioso foi "Witch World", iniciado em 1963, que posteriormente tornou-se um universo compartilhado e utilizado por outros escritores Norton foi nomeada duas vezes para o Hugo Award em 1964 pelo o romance “Witch World”, em 1967 para a novela "Wizard's World", três vezes para o World Fantasy Award pelo conjunto da obra, ganhando finalmente o prêmio em 1998, além de configurar regularmente em pesquisas como "melhor ano" da Locus Award for Best Science Fiction Novel. | ||
Ela
foi um dos membros fundadores da Swordsmen and Sorcerers 'Guild of
America (SAGA), um grupo de autores de Fantasia Heróica fundado na
década de 1960, liderados por Lin Carter, sendo a única mulher entre os
oito membros originais. Como a saúde de Norton ficou incerta, ela
udou-se para Winter Park, Flórida, em novembro de 1966, onde permaneceu
até 1997. Em 1976, Gary Gygax convidou Norton para jogar Dungeons &
Dragons em seu mundo de Greyhawk. Norton posteriormente escreveu “Quag
Keep”, a primeira novela a ser ambientada, pelo menos em parte,
no
cenário de Greyhawk e o primeiro a ser baseado em D&D. |
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Ela mudou-se para
Murfreesboro, Tennessee, em 1997, e ficou sob cuidados paliativos a
partir de 21 de fevereiro de 2005. Ela morreu em sua casa em 17 de
março de 2005, de insuficiência cardíaca congestiva. Sua última novela
completa final, “Three Hands for Scorpio”, foi publicada em 1 de abril
de 2005. Além de “Return to Quag Keep”, a Tor Books publicou mais duas
novelas com Norton e Rabe creditados como co-autores, “Dragon Mage”
(novembro de 2006) e “Taste of Magic” (Janeiro de 2008). As cinco
novelas do Cycle of Oak, “Yew”, “Ash” e “Rowan”, “To the King a
Daughter”, “Knight or Knave”, “A Crown Disowned”, “Dragon Blade” e “The
Knight of the Red Beard” foram escritas com Sasha Miller. |
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Em 20 de fevereiro de 2005,
os Science Fiction and Fantasy Writers of America, que a honraram pela
primeira vez com o Grand Master Award em 1984, anunciaram a criação do
Andre Norton Award, a ser concedido anualmente a um excelente trabalho
de fantasia ou ficção científica para o mercado de literatura adulta,
começando com as publicações de 2005. |
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Outubro | ||
Quando os gigantes se reconhecem. É difícil esconder um gigante. E não há motivos para escondê-lo. Peter Andrew Jones, por onde passou, deixou sua marca e reconhecimento que dura por décadas. |
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Isso rendeu a importante recomendação da editora Red Fox para Joe Dever quando o criador de Lone Wolf e sua nova editora decidiram (re)publicar a lendária série de livros-jogos. Eu disse lendária? Então, nada mais justo do que chamar a própria lenda da Arte Fantástica mesmo. Quando as semelhanças de gostos entre ambos se assemelhavam então...só poderia haver sucesso. Com isso, os livros-jogos, que já passavam por uma fase de imitação (editoras disputavam autores com esse gênero que era febre no mercado desde 1982) ganharam um grande adicional, que foi o grande impacto que as obras de PAJ causam a qualquer apreciador de arte: algo revolucionário. | ||
Outro grande autor de
livros-jogos, Jamie Thomson, afirmou em matéria que uma de suas capas
preferidas de livros-jogos é, justamente, uma de PAJ, utilizada para
Talismã da Morte. O próprio autor do artigo classifica a obra como
“impactante”, e ela realmente merece tal reconhecimento. |
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Pascal Blanché, diretor senior de
arte na Ubisoft Montreal, em seu twitter também já dedicou uma postagem
para uma pequena seleção de obras de ficção científica de PAJ,
retuitada por alguns de seus fãs, que logo reconheceram as ilustrações
como a de seus livros de ficção científica favoritos (Dick, White,
entre outros). A ilustração não só levou a capa frontal, mas era um estilo envolvente completo, cobrindo a espinha e a tampa traseira também. Mas o que o fez notar foi que ele foi contra a conformidade do tempo, deixando nenhum espaço no topo da capa para o título, mas sim deixou o espaço no centro da ilustração. Puffin Books aceitou o design, no entanto, e o livro era um vendedor de vários milhões. |
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De volta aos livros-jogos, em 1982
PAJ apresentou seu projeto para uma capa do que seria o primeiro e o
mais famoso livro-jogo de todos os tempos - The Warlock of Firetop
Mountain, da série Fighting Fantasy. A ilustração não só ocupava a capa
frontal, mas também o tombo e a contracapa também. Essa primeira edição
nunca mais foi feita, é extremamente rara (apenas 20.000 cópias) e foi
esgotada em apenas três semanas. Trabalhe duro que a fama virá. Daí é só sorrir e acenar. |
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Setembro |
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Mês passado apresentei o seminário
“O Best-Seller na literatura de mercado” para a matéria “Literatura e
Mercado” na faculdade onde estudo: a Universidade Estadual Paulista
“Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) – câmpus de Assis. Como aluno da pós-graduação, não poderia apenas falar sobre o texto requerido, e sim acrescentar algo a ele. Mas o que inserir de tão especial se eu era o primeiro aluno a apresentar (e com uma semana para me preparar!). |
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Aí é que me surgiu uma ideia. Se
eu trabalho para alguém que fez algo revolucionário, por que não fazer
algo igual? Por ser um curso de Letras as perguntas rondariam livros e autores. E como Peter Andrew Jones ilustrou dezenas de livros de ficção científica (um dos muitos gêneros da literatura de massa), eu então teria o depoimento de alguém ainda vivo que conheceu e trabalhou para os mais importantes autores de best-seller das últimas décadas. Incluir não mais um autor, mas um ilustrador foi uma jogada muito sábia minha para obter um elemento diferencial. Depois de muito expor sobre livros entre Brasil e mundo, o elemento diferencial: um autor amigo, com respostas dadas unicamente a mim (e compartilhadas para um pequeno público) e realmente O CARA que os mercados pedem buscando vender seus livros logo pela capa. O resultado é o que Peter Andrew Jones sempre consegue e me fez conseguir, claro, sendo parte ativa da minha apresentação: nota A! Além de inconfundível artista, PAJ também possui outras grandes qualidades: é meu professor de inglês por e-mail e colega de curso que salva o trabalho com contribuições que valem ouro. Ídolo e amigo. Que sorte a minha! |
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Agosto |
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Dentre muitos gigantes da Era de
Ouro da ficção científica, Isaac Asimov produziu mais de quinhentos
livros, centenas de histórias e artigos. Arthur C. Clarke, Ray
Bradbury, Theodore Sturgeon, Robert Heinlein e outros produziram
romances, histórias e coleções anualmente ao longo de suas vidas de
escrita. E Alfred Bester foi a “anomalia” dessa geração. No entanto,
sua pequena produção é considerada primordial para a ficção científica
moderna. |
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Nascido em 18 de dezembro de 1913
e falecido no dia 30 de setembro de 1987, Alfred Bester foi autor
norte-americano de ficção científica, roteirista de TV e rádio, editor
de revista e roteirista de quadrinhos. Muito bem sucedido em todos
esses campos, seu destaque se deu pela ficção científica,
principalmente com a obra The Demolished Man (obra na qual Bester
retrata um mundo futuro no qual o crime é escandalosamente difícil de
se comprometer devido à existência de uma rede eficiente de telepatas),
vencedora do Hugo Award em 1953. Bester frequentou a Universidade da Pensilvânia, jogou futebol no time de 1935 e também foi considerado "o membro mais bem sucedido da equipe de esgrima". Depois, chegou a ir para a Columbia Law School, mas acabou abandonando-a. Pouco antes de sua morte, os Escritores de Ficção Científica da América (SFWA) nomearam Bester como seu nono Grande Mestre postumamente em 1988 e o Hall da Fama da fantasia e ficção científica também o fez em 2001. Considerado pelo escritor Harry Harrison como “um dos poucos habilidosos escritores que inventaram a ficção científica moderna", Bester não fingia que a ficção científica era estranha. Em vez disso, ele tocava sua ficção científica do jeito que ele pensava claramente: algo divertido. É também considerado um dos precursores do New Wave e do Cyberpunk. Peter Andrew Jones ilustrou essa bela arte de capa para a obra “Tiger! Tiger!” (também conhecida como “The Stars My Destination”), saudado como um dos maiores romances de ficção científica de todos os tempos, se não o maior. Idealizado enquanto Bester vivia na Inglaterra e escrito quando havia se mudado para Itália, nele, deixada para morrer em uma nave espacial quebrada, Gully Foyle jura vingança e atinge sua ascensão como mestre de criminosos e diletantes e muda o mundo ao seu redor no processo. Uma espécie de Conde de Monte Cristo com teletransporte e guerra interplanetária. Esse romance foi primeiro serializado para depois se tornar uma obra única, a qual ganhou uma adaptação de rádio transmitida na BBC Radio 4 em 1991 e em 1993. Tamanha imponência merecia a arte de Peter Andrew Jones, influenciado e influenciador nos universos de fantasia e ficção científica. Dominar, combinar e impactar o leitor unindo o olhar vingativo de um tigre provocado com o futurismo das maravilhas tecnológicas nos sugerem o poder destrutivo que o protagonista estaria sentindo, que assim como o próprio conde de Alexandre Dumas deseja, quer eficiência, precisão e no menor tempo possível. Eficiência e precisão e sem tempo a perder? Isso me remete ao Conde, a Gully, e também a Peter Andrew Jones de novo... |
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Julho |
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Muito tempo longe me forçou a
voltar a....KULT! Em meio a minhas pesquisas do mestrado, deparei-me com a revista Arcane (#4), de março de 1996, que trazia uma matéria sobre o card game KULT, ambos fora de catálogo há décadas. Avaliado com nota 7 (a nota máxima é 10) pela revista, este CCG é caracterizado com as palavras que possui de mais atrativo: “Gruesome”, “macabre artwork”, “skulls”, “tarot”, “death”, entre muitas outras, cuja obscuridade repele os fracos e atrai os mais curiosos. Em destaque estão a caixa de baralho com o lendário DEATH ANGEL de Peter Andrew Jones e, em um pequeno monte de cartas, a do topo também passou por suas mãos. |
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Não
é Nescafé, mas “uma coisa leva a outra”: certamente os fãs de KULT
adorariam esse jogo, e os amantes das cartas se aprofundariam se
soubessem o que o RPG podem lhes oferecer. Faça seu furo na membrana que os deuses nos envolveram e leia a matéria na íntegra. Depois, rasgue-a um pouco mais e abra a sua mente para algo nunca imaginado. E entregue-se ao sublime ao ter contato com a arte de Peter Andrew Jones em sua totalidade. |
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Junho |
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Alan Dean Foster. Escritor
americano de fantasia e ficção científica, seu nome não soa tão
familiar nos romances, mas é melhor conhecido por seus roteiros de
cinema. Nascido em 18 de novembro de 1946, formou-se em ciência
política e um MFA pela Universidade da Califórnia e atualmente reside
em Prescott, Arizona, com sua esposa. |
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Uma
de suas obras de fantasia mais conhecidas é a série Spellsinger, na
qual um jovem músico é convocado para um mundo povoado por criaturas
falantes, onde sua música lhe permite fazer magia real, cujos efeitos
dependem da letra das canções por ele executadas (cujos resultados são
imprevisíveis). Foi também ghostwriter da novelização original de Star
Wars, que tinha sido creditada unicamente a George Lucas. Mais tarde,
foi anunciado como o autor da novelização de Star Wars: The Force
Awakens, além de outros da franquia |
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Foi
premiado como Grand Master award from the International Association of
Media Tie-In em 2008. |
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Muitas
das obras da Foster têm um forte elemento ecológico para elas, muitas
vezes com um toque ambiental. Seus vilões presenciam a derrota por
causa da falta de respeito para com outras espécies exóticas ou por
partes aparentemente inócuas de seus arredores. Isso pode ser visto em
trabalhos como Midworld, romance sobre um planeta que é essencialmente
uma grande floresta tropical. Nesse e outros livros, Foster geralmente
dedica uma grande parte de seus romances a descrições dos estranhos
ambientes de mundos alienígenas e à convivência de sua flora e fauna.
Inclusive, a arte de capa e capa e contracapa (dependendo da edição)
foram elaboradas por Peter Andrew Jones. |
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Mr
Jones, criador de dezenas de artes de capas para livros de ficção
científica, certamente foi a melhor escolha para Midworld. Essa técnica
de unir ecologia com futurismo (neoecologia?) pode ser vista na
recorrente fauna de animais híbridos unidos à flora – essa mais
parecida com o que ainda temos na Terra -, ambos encontrados em livros
de outros grandes escritores, como Charles G. Finney, Fredric Brown,
Larry Niven, os quais resenharei em postagens futuras. Em Midworld, Peter Andrew Jones também se inova ao não usar os conhecidos seres reptilianos presentes em livros de Larry Niven e Steve Jackson, mas sim um leão-babuíno ao lado de um caçador, em meio a muito verde. A paisagem ao mesmo tempo que proporciona o conforto da mãe-natureza também serve para destacar os combatentes a enfrentar um monstro de tentáculos. Ação e harmonia maravilhosamente conjugadas. Outras criações desses interessantes híbridos também serão vistas em Pierre Boulle e Brian Davis, novamente, só para citar alguns. Portanto, ficção científica criativa vai muito além de naves espaciais e armas laser. E isso mr Jones tem sobrando. |
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Maio |
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Omnicron Conspiracy é um antigo
jogo de ficção científica lançado para MS-DOS (mas também foi lançado
para Amiga), desenvolvido pela First Star Software em 1989 a partir de
uma ideia original de Jim Nangano e Jesse Taylor. Jogado em modo single player (de uma perspectiva lateral), o jogo era uma aventura agradável, embora estranha, típica ficção científica. Uma mistura de Star Trek com cyberpunk. Nela você é um membro da Star Police designado para investigar o desaparecimento de um colega oficial, além de uma intriga com cartéis de drogas, terrorismo intergaláctico e conspirações envolvendo gigantescas corporações. |
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A
troca de disquetes é certamente um ponto fraco desse jogo. Por causa de
uma única linha de diálogo, em determinado momento, deve-se trocar de
disquete para lê-la e depois retomar o jogo do anterior. Infelizmente,
o irritante limite de 6 itens de inventário, escrita plana e sequências
de arcade também dificultam sua jogabilidade. O jogo é um combo de aventura e ação. Você, com sua arma – a blaster -, anda por onde quiser, conversa com outros personagens e vasculha locais com um “botão de ação” e um sistema de menu fácil de ser usado. Outro ponto inovador é a antecipação que o jogo conseguiu fazer na jogabilidade. Você pode matar qualquer pessoa a qualquer momento por qualquer motivo, e o Game Over acontecerá caso for preso pela polícia, elemento muito semelhante encontrada em jogos de sucesso como Fallout e GTA. Falando nesse último jogo, em Omnicron Cospiracy também há as prostitutas e se pode interagir com elas, de uma forma bem mais soft, como em Leisure Suit Larry. |
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O
comentário do usuário Zygyzy, publicado em 15/fevereiro/2008 num fórum
sobre esse jogo diz tudo sobre Peter Andrew Jones, artista que sempre
conseguiu atrair o público pela arte, e da arte para o produto final:
“[...] Eu recordo que comprei esse jogo por causa da arte final da
embalagem.” |
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Abril |
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Se fosse apenas um “bom” ou
“criativo” artista, Peter Andrew Jones não serviria para representar as
obras desse grande mestre da ficção científica. Alfred Elton van Vogt foi um ótimo escritor canadense de ficção científica. Nascido em Winnipeg em 26 de abril de 1912, é considerado parte da tríade dos melhores escritores de ficção científica desse período, ao lado de Robert A. Heinlein e Isaac Asimov. Fez parte dos famosos escritores de Sci-Fi da década de 1940, considerada a Era Dourada. Como a maioria dos escritores, começou a sua carreira aos poucos com pequenos trabalhos publicados em revistas, mas passou a se dedicar mesmo à ficção científica. Em 1941 deixa seu trabalho no Departamento da Defesa canadense e passa a se dedicar à escrita em tempo integral. Produziu um grande número de contos e na década de 1950 muito de sua produção foi agrupada em fixups (romances criados a partir de várias histórias curtas de ficção que podem ou não ter sido inicialmente relacionado ou publicado). Inclusive, tal termo foi inventado por van Vogt e começou a ser usado no vocabulário de ficção científica. |
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Em 1944 mudou-se para Hollywood,
Califórnia, e sua escrita também muda com os acontecimentos do tempo.
Depois da Segunda Guerra Mundial se viu profundamente abalado pela
revelação de estados totalitários pós-2ª GM. Os sonhos de van Vogt eram uma das principais fontes de ideias para suas obras. Durante a sua vida de escritor ele conseguia acordar a cada 90 minutos para registrar o que havia sonhado. No final da sua vida já demonstrava indícios que não acompanhava mais a evolução da ficção científica, escrevendo séries compostas apenas por um livro, vindo a falecer em Hollywood no dia 26 de Janeiro de 2000, devido ao mal de Alzheimer. Uma honra de mão dupla de belo trabalho artístico coerente de capa que, aliado ao texto, tira o leitor desse mundo para universos muito mais amplos. |
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Março Blood Money é um jogo estilo “navinha” desenvolvido pela DMA Design. Foi lançado pela Psygnosis em 1989 para Amiga, Atari ST e MS-DOS, e em 1990 para o Commodore 64. O jogo foi comercialmente bem sucedido, recebeu críticas positivas como “o melhor shoot 'em up game no Amiga”, “o melhor jogo de Amiga dos anos 80”, “nomeou o segundo melhor shoot 'em up game de 1990”, “gráficos brilhantes”, “[um dos] mais desafiadores e tecnicamente realizados shoot 'em ups”, “atraente”, "o melhor projetado e mais fluidamente animado", "absolutamente impressionantes", “[encontra-se] em uma classe própria”, "excelente [trilha sonora]") e vendeu mais de 40.000 cópias. http://www.peterandrewjones.net/books/book_solarwind.htm |
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O jogo se passa em quatro
fases diferentes – todas elas bem longas -, nos quais os jogadores
precisam atacar os inimigos e derrotar os “chefões”, inspirado
fortemente no famoso Heli (1987). O jogo se desenvolve tanto horizontal
quanto verticalmente, e alguns inimigos mortos dão o “dinheiro
sangrento” que serve para gastar em itens encontrados em lojas de
equipamentos ao longo do jogo, como armas que atiram em diagonal,
disparam lasers, bombas, escudos o vidas extras. O jogador interpreta Spondulix, que anseia por ir a um “Safari Alienígena”. As quatro missões correspondem aos safaris, os planetas Gibba, Grone, Shreek e Snuff e todos custam entre 100 e 400 créditos. Em Gibba, por exemplo, o jogador pilota um helicóptero. Cada um dos planetas tem seus próprios inimigos e paisagem. Blood Money tem um fato interessante: mais tarde inspiraria o desenvolvimento de Lemmings, outro clássico jogo do século passado. http://www.peterandrewjones.net/books/book_solarwind.htm |
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A arte da capa do jogo e de
alguns produtos (como o disquete) foi criada por Peter Andrew Jones. O
mesmo ocorreu para o romance Protector (1973) de Larry Niven, o qual
falaremos daqui uns meses, e Solar Wind, o qual já resenhamos
anteriormente. Deixo aqui um dos trabalhos mais notáveis de Peter Andrew Jones para ganhar os merecidos elogios, assim como Blood Money ganhou. Uma feliz união entre uma maravilhosa arte de capa e um divertido jogo que nunca deixa de ser bom para a nostalgia. http://www.peterandrewjones.net/books/book_solarwind.htm |
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Fevereiro Ainda sobre a produção dos anos 2000, Peter Andrew Jones traz aos seguidores mais uma espetacular obra da sua nova empreitada pós-indústria de games. Lançado em 2001, PAINTINGS OF CHURCH STRETTON traz ao leitor, assim como o livro que resenhei mês passado PAINTINGS OFSOUTH SHROPSHIRE, impressionismos da carinhosa rotina desta joia da região. Para os que vivem ou visitam o lugar, poder reviver o contato com a Stretton Antiques Market ou a St. Laurence Church é como recobrar o sabor de doces da infância. A familiaridade que estas simples pinturas trazem é algo gostoso de se sentir. Seguindo o mesmo padrão de seus pocket books, conhecemos a fauna e a flora sempre com muito do verde ambiente, às vezes surpreendidos com vivas cores como em “Last Light” e “Late Harvest”. Mapas (e até apontamentos, como em “Morning Light”) desenhados à mão nos deixam mais próximos ao sentimental artista. Poéticas visuais dotadas de poesia textual combinam-se sem exagero e pretensão intelectual quando o apreciador se depara com obras como “”Who me, lost?” e “Red (for go!)”. Mas o grande destaque, pelo menos para mim, ficou com as obras “Going South” (na qual se tem a migração de aves num cenário onde eu desejo encontrar quando morrer, se eu puder escolher) e outra sem título (justo ela!) que traz um lindo faisão no melhor zoom que uma paisagem hibernal pode ser capturada, misturando as cores do belo pássaro com a branca pureza da neve e do verde das matas. Ah, um lembrete! Se não puderem adquirir os livros (que saem por uma pechincha de 15 euros cada e numa tiragem baixa – para poucos sortudos) muitas das reproduções do artista podem ser adquiridas em cartões de visita também, direto com o criador em http://www.peterandrewjones.net/iacg.htm Obras dignas de contemplações. = = = = = > Still talking about PAJ´s 2000s production, Peter Andrew Jones brings to his followers another spectacular work from his new post-game industry endeavor. Released in 2001, PAINTINGS OF CHURCH STRETTON brings to the reader, as well as the book I reviewed last month PAINTINGS OF SOUTH SHROPSHIRE, Impressions of the loving routine of this jewel of the region. For those who live or visit the place, being able to relive contact with "Stretton Antiques Market" or "St. Laurence Church" is like regaining the sweet taste of childhood. The familiarity that these simple paintings bring is something yummy to feel. Following the same pattern of their pocket books, we know the fauna and flora always with much of the green environment, sometimes surprised with vivid colors like in "Last Light" and "Late Harvest". Hand-drawn maps (and even notes, such as "Morning Light") bring us closer to the sentimental artist. Visual poetics endowed with textual poetry combine without exaggeration and intellectual pretension when the connoisseur comes across such works as "Who me, lost?" and "Red (for go!)." But the great highlight, at least for me, was "Going South" (in which there is the migration of birds in a scenario where I want to find when I die, if I can choose it) and another with no title (just that!) which brings a beautiful pheasant in the best zoom that a winter landscape can be captured, blending the colors of the beautiful bird with the white purity of the snow and the green of the woods. Ah, a reminder! If you can not get the books (which are be sold for a bargain of 15 euros each only and in a low print run - for the few lucky bookers) many of the artist's reproductions can be purchased on business cards too, direct with them creator on http://www.peterandrewjones.net/iacg.htm Works worthy of contemplation. Janeiro Tive a honra em ser o primeiro brasileiro a pisar nessa região. Pelo menos foi o que disseram alguns habitantes das cidadezinhas onde passei. E que experiência! Percebi que comprei tanta coisa na viagem, mas ainda assim senti que nada que adquiri representaria por completa a minha experiência. Um ano e meio depois da minha primeira vez em solo inglês, trago a vocês mais do que fotos: pinturas que representam com intensa emoção e realismo o melhor do Sul de Shropshire. http://www.peterandrewjones.net/books/book_shropshire.htm Com esta obra-prima de Peter Andrew Jones (o qual também conheci pessoalmente, como em postagem anterior do blog), pude recordar minhas melhores lembranças dos locais que visitei, e também ficar mais curioso para me aventurar nos que não tive tempo para ir. PAINTINGS OF SOUTH SHROPSHIRE é encantador e íntimo a quem o lê. Depois de uma bela contemplação da capa com uma bela paisagem montanhosa, um mapa feito à mão como se o próprio Pete tivesse desenhado na hora e me dado antes de seguir viagem por terras “nunca d´antes exploradas”. Natureza morta, paraísos praticamente inexplorados, fauna e flora dignas do mais perfeito portfólio de fotógrafos profissionais. O destaque são os pássaros multicoloridos, aqueles que acreditamos só existirem em regiões como Amazônia ou Pantanal mato-grossense. Os cenários escolhidos são os melhores, percorrendo por todas as estações do ano. Se a indústria dos games soubesse deles, hoje jovens poderiam jogar seus RPGs em cenários como “A Winter´s Walk”, “The Devil´s Chair” ou “Oh, Bluebell Woods in Spring”. É assim que podemos diferenciar artistas que são bons só num tipo de arte e outros, como Pete, que são versáteis e talentosos naquilo que desejam ser. O céu é seu limite, embora até isso ele goste de superar. = = = = = > I had the honor to be the first Brazilian to tread in this region. At least it was what some of the townsfolk said from the cities I´ve passed. And what an experience! I realized that I bought so many stuffs on the trip, but I still felt that nothing I have acquired would represents completely my experience. One year and a half after my first time on English soil, I bring to you more than photos: paintings that represent with intense emotion and realism the best of South Shropshire. With this masterpiece by Peter Andrew Jones (also known by me personally, as I´ve written in previous blog post), I was able to recall my best memories of sites I´ve visited, and also get more curious to venture the ones I did not have time to go. PAINTINGS OF SOUTH SHROPSHIRE is charming and intimate to those who read it. After a beautiful contemplation of its cover art with a beautiful mountainous landscape, a handmade map as if Pete was drawn himself at that moment and I had given me before continuing the journey by lands "never been explored". Still life, practically unexplored paradises, fauna and flora worthy from the most perfect portfolio of professional photographers. The highlight are the multicolored birds, which we believe to have only the Brazilian Amazônia or Mato-Grosso Pantanal . The chosen scenarios are the best, going through all the year´s seasons. If a gaming industry get know about them, today youngsters would play their RPGs in scenarios like "A Winter's Walk," "The Devil's Chair," or "Oh, Bluebell Woods in the Spring." This is the way how we can differentiate the artists who are good at only one type of art and others (like Pete) who are versatile and talented at what they want to be. The sky is his limit, and even he likes to try to exceed it. |
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